terça-feira, janeiro 16, 2007

PROTEGER AS AVES DE RAPINA

As aves de rapina estão ameaçadas de extermínio em todo o mundo. É o que acontece com o milhafre e o mocho aqui na região.

Este acontecimento parece não ter qualquer importância. É mesmo corrente dizer-se que as aves de rapina são nocivas.Não é raro alguns caçadores abaterem algumas a pedido de agricultores que alegam para tal o facto de aquelas andarem a comer a sua criação (pintos, etc.); outros abatem-nas pretextando que elas ‘dão cabo” da caça, o que é falso. Podemos apontar, ainda, como causas do extermnio das aves de rapina a captura para fins pseudo-cientificos, para colecções e ainda a morte motivada por acção de pesticidas e outros produtos tóxicos, mudanças de habitat, etc.

A verdade é que as aves de rapina não são nocivas, antes pelo contrário.


Tendo em conta o facto de, para além de embelezarem as nossas paisagens e enriquecerem o património cultural dos nossos filhos, desempenharem um papel essencial no equilíbrio da natureza, limitando o crescimento das espécies prejudiciais à agricultura (pequenos roedores, lagartixas, grandes insectos, etc.), desembaraçando o homem de animais doentes e cadáveres, impedindo assim epidemias, apela-se para que
haja da parte de todos e no interesse comum, a melhor compreensão para com essas aves, protegendo-as devidamente, impedindo-se que com ratoeiras ou pelo abate, se reduza ainda mais o número das que ainda existem.

Protegendo as aves de rapina defenderá a natureza, suporte físico e biológico da vida e do homem. A ave de rapina é saúde, equilíbrio e riqueza da natureza.
(Publicado no jornal “Em Marcha”, em 9 de Junho de 1982)

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