sexta-feira, dezembro 29, 2006

Juventude e Ecologia

De alguns anos para cá, a Ecologia é uma ciência que “anda na moda”.
Para alguns esta “ciência do ambiente” deveria salvar a humanidade dos males da civilização industrial. Para outros, a Ecologia é “a ciência da poluição”, considerando-a uns poucos como a última das poluições, a do cérebro, pois alimenta a inquietação no espírito do homem.
A industrialização e a urbanização selvagens levam à devastação das grandes florestas, à esterilização das terras, ao envenenamento dos rios e mares, à extinção de espécies animais e vegetais, ao uso e abuso do nuclear e até ao risco de desaparecimento do próprio homem.
No mundo em que vivemos, tudo, até a vida é um investimento. Não é o bem-estar, a conservação do ambiente, o equilíbrio ecológico que está em causa, para eles o que conta é o lucro e a rapina. Que se danem as pessoas, que se lixe o planeta, o que interessa é lucrar hoje e manter a situação de qualquer forma.
Assiste-se, hoje, a um aumento significativo do interesse por este problema a par com o desinteresse crescente para com as “politiquices” da maioria dos políticos e respectivos partidos. Isto acontece principalmente devido à tomada de consciência de sectores cada vez maiores da juventude de que é necessário agir, de que o futuro não está traçado, de que a “catástrofe” só acontecerá se permanecermos alheios aos problemas.
Em suma ganha consciência entre os jovens o facto de a questão ”ecológica” não ser de direita ou de esquerda, mas sim uma questão de vida ou de morte.

( Publicado no suplemento “A Forja” do jornal “Diário Insular”, 21 de Outubro de 1981)

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