domingo, fevereiro 04, 2007

EM DEFESA DA ÁRVORE- O DRAGOEIRO

Endémico do arquipélago das Canárias, o dragoeiro pertence à família das agaváceas e do seu género existem 150 espécies. É na ilha de tenerife que se situam os exemplares mais antigos. Em Icod, encontra-se a morrer lentamente um com cerca de 3000 anos de idade.

Nos Açores, o dragoeiro é cultivado em jardins. Em São Miguel, os mais conhecidos, em virtude de se situarem em terreno aberto e em local que chama a atenção, são os existentes no Hotel Baia Palace. Além destes, já observamos alguns exemplares em jardins particulares, dois no Jardim António Borges, em Ponta Delgada, e, o mais belo e frondoso de todos, no campo de jogos da Escola Secundária Antero de Quental.

Planta usada medicinalmente até há poucos anos, do seu tronco depois de leves incisões obtinha-se um suco vermelho chamado sangue de Draco que servia para curar doenças circulatórias e respiratórias. Com ele também se tingiam tecidos.

Por estar plenamente de acordo com o que escreveu, em 1955, o Dr. Francisco Carreiro da Costa, aqui transcrevemos o último parágrafo de um pequeno apontamento seu acerca da planta que vimos referindo: “O dragoeiro, apesar de um crescimento muito lento, é a planta que interessa bastante ao embelezamento de outras zonas baixas da nossa ilha, principalmente nas proximidades do mar, pois adapta-se perfeitamente à salinidade própria desses locais, sendo indiscutivelmente uma planta bonita e que fornece uma sombra permanente e fechada”.

(Publicado no jornal “Correio dos Açores”, em 18 de Maio de 1989)

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