quinta-feira, março 19, 2009

Quercus

Nova direcção do núcleo da Quercus em encontro com os jornalistas : Questões polémicas à parte


No primeiro encontro com os jornalistas a nova direcção do núcleo da Quercus de São Miguel esquivou-se às questões polémicas em redor do ambiente nos Açores e preferiu falar do seu plano de acção para o futuro. Cautelosos quanto baste, os novos dirigentes dizem ir pôr os interesses da associação ecológica acima de outras funções que exerçam.

O Núcleo da Quercus em São Miguel reuniu-se, ontem, para a apresentação da nova mesa da direcção do núcleo, após ter sido eleita em assembleia-geral no passado dia 26 de Fevereiro. Esta nova direcção pretende reforçar o trabalho já anteriormente desenvolvido, recorrendo a uma gestão colegial, que se pretende democrática, e abrir o núcleo à participação activa dos sócios.
A nova mesa da direcção do núcleo é composta por Luís Rodrigues (presidente); Alexandre Pascoal (secretário); Ana Monteiro (tesoureira); Pedro Arruda (vogal); e Ricardo Lacerda (vogal).
A mesa eleita explicou a necessidade de fazer uma gestão colegial do núcleo, por ser “importante, nesta fase de transição, que a direcção do núcleo não tivesse uma cara que assumisse todas as competências, da maneira como fazia e bem Veríssimo Borges, mas que houvesse um repartir de responsabilidades e de representatividades dentro da própria direcção”, explicou Pedro Arruda.
O vogal entende esta direcção colegial como forma de dar “visibilidade e de relacionamento com a sociedade civil e com as instituições”.
Para este núcleo da Quercus, a rentabilização e a dinamização das condições de trabalho são aspectos fulcrais, daí a criação de um portal na internet e de newsletters, bem como a realização de uma campanha de captação de sócios e estabelecer com os mesmos, e com a sociedade, uma comunicação de proximidade.
Acção concertada
Há a “necessidade reposicionar a Quercus em termos de opinião pública”, disse o secretário Alexandre Pascoal que considera igualmente importante o núcleo não trabalhar sozinho. “Neste momento existem vários agentes no terreno e eu penso que a acção deve ser concertada com as restantes associações que participam activamente na defesa do ambiente nos Açores. Penso que uma acção concerta será sempre mais eficaz nestes pressupostos”, sublinhou.
Luís Rodrigues, presidente do núcleo da Quercus de São Miguel, entende a diversidade de percursos existentes no grupo de trabalho como uma mais-valia, procurando ainda reforçar o trabalho feito por outras organizações que defendem o ambiente, sem nunca descurar outros assuntos de interesse social. “Digo que a nossa perspectiva é sustentável, naturalmente que o nosso olhar é para a defesa dos interesses do ambiente, para a integridade e manutenção dos ecossistemas para o equilíbrio na natureza, mas não nos vamos abstrair de outros interesses, sejam eles sociais, culturais ou económicos. Da nossa realidade faz parte um bocado de tudo isto”, frisou o presidente.
A actual mesa da direcção apresentou ainda como assuntos prioritários para 2009/2010 as questões da gestão da água e das bacias hidrográficas, o acompanhamento do PROTA, a política regional de gestão de resíduos com particular incidência nos diversos aterros sanitários, as questões relacionadas com a orla marítima e a aplicação dos diferentes POOC’s, as questões relacionadas com a eficiência energética, os problemas criados pelas alterações climáticas globais e as questões relacionadas com as diferentes políticas relativas ao ambiente e ao mar.
Na assembleia-geral do dia 26 de Fevereiro foi aprovado, por unanimidade, um voto de louvor a Veríssimo Borges pelos serviços prestados ao núcleo da Quercus de São Miguel, como também pela sua extrema dedicação e empenho na protecção do ambiente em todo o arquipélago dos Açores. Houve ainda outro voto de louvor, desta feita ao trabalho realizado pela anterior direcção do núcleo.

Autor: Solange Vicente

Fonte: Correio dos Açores, 18 Março 2009

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