domingo, novembro 02, 2008

Os Amigos dos Açores e os Universitários- Repor a Verdade

Na sua Tese de Mestrado, intitulada Participação Social e Práticas Ambientais: As organizações não governamentais de ambiente (ONGA) dos Açores, Fátima Silva escreve a dado passoo seguinte: "Veja-se por e.g. o caso da Gê-Questa que é fundada por universitários, bem como a Quercus Açores, os Amigos dos Açores e outras tantas associações".

Antes de tentar demonstrar que a afirmação da autora não está de acordo com a verdade dos factos, queria afirmar que considero que aquela tese é um trabalho de referência para o conhecimento do movimento associativo ambiental dos Açores, sendo merecedora de uma maior divulgação junto do grande público e de estudo e reflexão por parte dos activistas ambientais dos Açores.

Mas vamos ao que, por agora, nos interessa.

Se em relação à Gê-Questa nada há a apontar, em relação à Quercus acho que se deveria separar a Quercus-Terceira, do Núcleo de São Miguel da Quercus. Se em relação à Terceira não temos qualquer informação em contrário, no que diz respeito a São Miguel, o núcleo foi iniciativa da Direcção Nacional da Quercus que pretendia alargar a actividade da associação a todo o território nacional, tendo Viriato Soromenho Marques contactado com Teófilo Braga no sentido de liderar aquele núcleo e sugerido a transformação dos Amigos dos Açores em Núcleo da Quercus, sugestão esta que chegou a ser discutida e rejeitada no seio dos Amigos dos Açores. Aquando da presidência aberta de Mário Soares sobre ambiente, durante um jantar nas Furnas, Teófilo Braga voltou a afirmar a sua não intenção de liderar o núcleo dos Açores da Quercus e na altura apresentou Veríssimo Borges a Viriato Soromenho Marques.

No que diz respeito aos Amigos dos Açores, a afirmação também não está correcta. Com efeito da primeira direcção do então Núcleo dos Açores da Associação Portuguesa de Ecologistas- Amigos da Terra, eleita em 1985, fazem parte Teófilo Braga, professor do 3º ciclo do ensino básico e ensino secundário, Lúcia Ventura, estudante, e Luís Garcia, fotógrafo. A entrada de um universitário para a direcção dos Amigos dos Açores só se verifica em 1993, através de Luís Silva.

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